
Saiba quais são as vacinas em teste no Brasil a respeito do COVID-19
No intuito de contribuir para que a sociedade esteja bem informada, a Anvisa, diante desse momento de grande expectativa, contribuiu no esclarecimento das principais dúvidas a respeito das vacinas em teste em nosso país. Atualmente, temos quatro vacinas em teste no Brasil, incluindo a Chadox1 ncov-19, proveniente do Reino Unido (Oxford-Astrazeneca); a CoronaVac, proveniente da China (Sinocav e Instituto Butantãn); a BNT162, proveniente dos Estados Unidos e Europa (Pfizer-Wyeth) e a Ad26.COV2.S, proveniente da Europa (Janssen-Cilag). Juntas, elas contam com 28 mil voluntários brasileiros, distribuídos entre os seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Norte.
A Anvisa autorizou essas quatro vacinas para o desenvolvimento no país, após avaliação das condições de resposta às necessidades regulatórias, no caso de eventual registro no futuro, e à segurança dos participantes envolvidos. Ademais, depende também do país
a autossuficiência na produção da vacina; essa questão é importante para que a produção da vacina seja completamente internalizada e se torne nacional.
Consolidação da vacina
A aprovação dos testes está relacionada ao alinhamento dos estudos clínicos realizados no Brasil com quatro aspectos diferentes. Dentre eles estão:
Os dados de segurança: garante a segurança da respectiva vacina, a qual é checada pela equipe responsável pelas análises.
O delineamento do estudo: é necessário para avaliar a quantidade de voluntários e faixa etária a ser estudada, abordagem estatística, parâmetros que garantam resultados de eficácia e segurança, entre outros.
Os dados de produção e controle de qualidade: visam identificar as características de qualidade da vacina em estudo,
Boas práticas clínicas: asseguram a confiabilidade do estudo, ou seja, verificam questões como a experiência dos centros de pesquisa executores e as condições no sentido de garantir a geração de resultados rastreáveis e confiáveis.
A responsabilidade perante a avaliação dos quatro aspectos é compartilhada por uma equipe multidisciplinar – formada por farmacêuticos, médicos, biólogos e estatísticos para que, assim, as decisões sejam tomadas com mais segurança. Após receber a autorização para desenvolvimento, a Anvisa monitora seu progresso e os resultados gerados.
Vacina russa
Vale ressaltar que, quando uma vacina é desenvolvida no exterior, isto é, fora do Brasil, como é o caso da vacina russa, é necessário o cumprimento dos devidos procedimentos para o registro da vacina. Para isso, a Anvisa já realizou reuniões com membros do governo do estado do Paraná e do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) sobre o processo de registro da vacina desenvolvida pela Rússia. Essas reuniões são de caráter preliminar, antecipando possíveis demandas futuras.
Fonte: Anvisa